O alerta, publicado no mês passado, orienta que casos suspeitos sejam encaminhados imediatamente aos Laboratórios Centrais de Saúde Pública (Lacen) dos estados. A agência também recomenda reforço na vigilância laboratorial, atualização de protocolos de prevenção e controle de infecções, além da intensificação de medidas de limpeza e desinfecção nas unidades de saúde.
Na Bahia, segundo a Secretaria de Saúde do Estado (Sesab), não há casos registrados da Candida auris em 2024. No entanto, o primeiro caso do fungo no Brasil foi identificado em 2020, em Salvador, com 15 confirmações. Houve ainda novos registros na capital baiana em 2021 e 2024.
Em 2022, o maior surto nacional foi registrado em um hospital de Recife, com 47 casos. Pernambuco somou seis surtos em 2023, e São Paulo e Rio de Janeiro também confirmaram os primeiros casos naquele ano.
A Candida auris é considerada um "superfungo" por ser resistente à maioria dos medicamentos antifúngicos. Pode causar infecções graves e até fatais, especialmente em pacientes com baixa imunidade. O fungo também sobrevive por semanas no ambiente e resiste a muitos desinfetantes, inclusive os à base de quaternário de amônio. A dificuldade de diagnóstico em laboratórios comuns agrava o risco de surtos.