Em São Paulo, os fiscais encontraram toxinas botulínicas vencidas e armazenadas sem controle de temperatura, aumentando o risco de contaminação. Já em Goiânia, embalagens de fenol abertas e fora do prazo de validade foram apreendidas, substância cujo uso para fins estéticos foi proibido pela Anvisa no Brasil. Em Belo Horizonte, a situação foi igualmente preocupante, com a descoberta de anestésicos vencidos e sem data de validade, além de fios e cânulas usados em procedimentos invasivos que não tinham registro na Anvisa.
A operação também revelou outras falhas graves, como produtos injetáveis estéreis abertos para reutilização, cosméticos sendo aplicados de forma injetável sem autorização para esse fim, além de medicamentos manipulados irregularmente. Segundo a Anvisa, a falta de controle sobre a qualidade e o prazo de validade dos produtos utilizados nesses procedimentos estéticos expõe os clientes a riscos de infecção, reações alérgicas e outras complicações de saúde.
A operação “Estética com Segurança” faz parte da campanha do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS), coordenada pela Anvisa, que busca garantir a segurança dos serviços de estética no país. As clínicas flagradas com irregularidades foram autuadas e poderão ser multadas após o processo administrativo.