
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Entre 2012 e 2022, quase 150 mil homens negros (pretos e pardos) morreram por arma de fogo. O número é quatro vezes maior que o de homens brancos mortos no mesmo cenário.Os dados são do Boletim Saúde da População Negra, projeto do Instituto de Estudos para Políticas de Saúde (IEPS) e do Instituto Çarê e foram divulgados pela TV Globo.
A pesquisa revela que, de 2012 a 2022, 149,7 mil homens negros morreram por consequência de disparo de arma de fogo em via pública, o número de homens brancos mortos nas mesmas circustâncias foi de 38,2 mil.
O levantamento leva em conta os registros médicos de agressão, de acordo com a Classificação Internacional de Doenças (CID), que levaram à internação ou à morte do paciente. De 2012 a 2022, o Sistema de Informações Hospitalares (SIH) estimulou 601 mil internações desse tipo. No mesmo período, o Sistema de Informações de Mortalidade (SIM) registrou 566.642 mortes. Os principais casos são ferimento por arma de fogo, objeto cortante e agressão física.