
Vítimas da tragédia em Mariana (MG) protestaram durante reunião de acionistas da BHP Billiton, nesta quarta-feira (1°), na Austrália. Durante o protesto, os brasileiros entregaram garrafas de água poluída pelos rejeitos do rompimento de Fundão.
A mineradora sediada na Austrália, juntamente à Vale, controla a Samarco, responsável pela barragem. Desde a tragédia, que devastou a região e contaminou o Rio Doce, 107 pessoas morreram.
“A maioria não recebeu sequer as migalhas que estão sendo oferecidas pela Fundação Renova. A Renova só leva em consideração o que eles querem reconhecer”, afirmou uma das vítimas.
Os protestantes acusam a BHP de esconder dos acionistas a toxicidade dos rejeitos depositados no Rio Doce até hoje. Ao fim da reunião, muitos investidores afirmaram não ter conhecimento do rastro da tragédia que permanece no local.
A BHP afirmou que "sempre esteve e segue comprometida com as ações de reparação e compensação relacionadas ao rompimento da barragem de Fundão". Eles reiteram que cerca de 431 mil pessoas foram indenizadas até o momento.